Livros, livros, livros. Caderno, agenda e bloco de anotações. Caixa com alguns lápis, lápis de cor e algumas canetas. As chaves, sempre esqueço-me das chaves e a prancheta com papéis.
Minha mochila está sempre cheia. Sempre com esse tipo de coisa e muito mais. Hoje resolvi dar uma olhada. Resolvi ver o que não levaria. Não levaria o caderno e nem alguns livros. Só dois, sendo um romance e um técnico. Para poder, quando quiser ao longo do dia, me divertir ou aprender algo, respectivamente. Os lápis e canetas ficam, eu sempre posso ter que anotar algo. Tiro papéis amassados ou rasgados, coloco fora da mala. Olho para a prancheta. Preciso da prancheta? Ela pode ser útil caso eu precise escrever sem nenhuma mesa por perto ou apoiar qualquer outra coisa. Mas ocupa espaço. Preciso dela? Imediatamente?
Retiro a prancheta.
Os papéis permanecem presos a ela. A mochila parece muito maior agora. Tiro também os lápis de cor. O espaço ganha um volume invisível. Tudo parece solto ali na mochila. E então, percebi.
Percebi que não adianta prevenir
porque há
sempre
algo a
remediar.