20071227

Noite Feliz

Tradicionalmente, a cada ano eu faço um cartão natalino temático. Às vezes é como uma pequena série, de dois ou mais cartões. Esse ano fiz apenas um cartão mas que particularmente, gostei muito:


O que parece ser uma composição meio absurda de árvore de natal, bolas de natal, presente, laço e uma Fada do Panetone é, na verdade um pretexto para você juntar as indicações A e B - na versão impressa é mais fácil do que dobrar o monitor. Porém, dobrando, você tem essa imagem:


Um Papai Noel de monóculo. É uma homenagem às dobradinhas MAD, só para dar uma função a mais para um cartão de Natal, como uma brincadeira mesmo.

Não consegui terminar a tempo de entregar a versão impressa para todo mundo para quem eu queria enviar o cartão e meio que aprendi a lição: Ano que vem, começo o cartão no final de novembro, ainda que em novembro do ano que vem eu vou estar surtando com a entrega ou a apresentação do meu TCC. Na véspera de Natal escrevi os cartões que eu entregaria à minha família, que já estavam devidamente impressos porém, escrevi com uma daquelas canetas comuns de desenho e como eu imprimi em um papel fotográfico mesmo para conseguir entregar o cartão (Ainda bem que existe a Fotóptica!) a tinta não secava, ficava meio assim então, à meia-noite houve a tradicional ceia e troca de presentes porém, os cartões estavam no meu quarto, secando.

Comi e passei uma agradável madrugada de Natal em New Jersey. No dia 25, à noite, enviaria os cartões às demais pessoas. Porém, enviei o cartão para cada uma das pessoas por e-mail, assim, como aqui, nas duas versões e a explicação. Acho meio escroto aqueles scraps automáticos porque tem quase tanto valor quanto os e-mails que as lojas virtuais te mandam no Natal. Ou seja, muito impessoal, é como se a pessoa dissesse "Olha só, é Natal e tudo mas me faça um favor, tenho muito mais o que fazer e estou cagando pra essa putaria toda mas quero manter um certo círculo de amizades". E além dos meus amigos mais antigos e das pessoas que conheci esse ano, tinha um grupo grande de pessoas que trabalharam comigo no Sesc na exposição Loucos por Cinema que são todos muito queridos também! Aí eu fui enviando os e-mails pelo meu catálogo de contatos do Thunderbird, além de alguns de Orkut e, depois de muito cartões enviados já era 23h e a minha irmã veio aqui.

Carol: Mé, posso ver o meu e-mail?
Eu: Pode sim, tô enviando esse cartão aqui, acho que já é o último!
Carol: Você ainda tá enviando os cartões? Mandou um pra mim?
Eu: Não, né! O seu eu entreguei em mãos!
Carol: Hm... Não... Não entregou não!
Eu: Sério?
Carol: Sério.
Eu: Puta merda! Esqueci os cartões secando lá em cima!

Subi ao meu quarto. Lá estavam os cartões, em um canto. A tinta secou mas borrou tudo. Estava ilegível e castanho. Traduzi os cartões, reescrevendo-os em novos cartões. Entreguei à minha família em meio a explicações e pronto. Eu tinha que quase estragar tudo no Natal, como eu sempre faço.

Estava tudo resolvido. Até, obviamente, nesse momento, dia vinte e sete de dezembro eu me dar conta de que eu não enviei o e-mail de Natal para o pessoal do Loucos por Cinema porque eles estavam numa parte não comum do catálogo de endereços mas numa parte específica, num grupo chamado "Loucos Por Cinema".

Sutil.