20070730

Ingmar Bergman morreu.

"O teatro é o começo, o fim, é tudo, enquanto o cinema
pertence ao âmbito da prostituição"


   Tudo bem, Bergman. Tá perdoado.

   descanse em paz.

20070729

Jean-Paul Belmondo planeja voltar ao cinema para refilmagem de clássico

da Folha Online


(...)     Belmondo planeja seu regresso cinematográfico sob comando de Francis Huster, que estuda a refilmagem de "Umberto D" (1955), obra-prima de diretor italiano Vittorio de Sica.(...)

   Produzida por Jean-Louis Livi, a nova versão francesa de "Umberto D" contará a história de um professor aposentado que vive na miséria, com um cachorro como única companhia e terá outro título.(...)


   Caralho. Não perdoaram nem Umberto D.

20070728

Subject: DEUS

Subject: DEUS
Date: Sat, 28 Jul 2007 18:20:17 -0700
To: meus amigos {noreply-orkut@google.com}


Esta manhã, quando Deus abriu a janela do céu, ele me viu e me perguntou:
"Minha filha, qual seu maior desejo para hoje?"
Eu respondi: "Deus, por favor tome conta da pessoa que está lendo esta mensagem, sua família, e seus amigos especiais,eles merecem e eu os amo muito."

O amor de Deus é como o oceano, você pode ver o começo, mas não o fim;

Esta mensagem funciona no dia que você recebê-la. Vamos ver se é verdade.

Pass--


   Não terminei de ler. Vai que é uma corrente e eu vou pro inferno. Ou eu sofro um acidente porque não enviei a mensagem.

   No fundo, sequer sei se é mesmo uma corrente. Se não ler o final, a mágica ainda acontece sem os danos do não cumprimento da tarefa?

   E outra, "Janela do céu"?

   Realmente nunca saberei.

20070724

Nem de graça.

   Meu pai aniversariará na próxima sexta-feira e, para celebrar, levará a família para assistir ao novo Harry Potter no cinema. Meu pai e minha irmã são, definitivamente, fãs do rapaz e eu, bem, não. Tanto que vi o primeiro e o segundo filmes inteiros, pedaços do terceiro na HBO e do quarto eu não faço idéia do que acontece. Os livros eu adiei por esses anos com a desculpa de que eu sou ansioso demais e que só leria um Harry Potter quando a saga toda estivesse completa o que é ou não uma mentira deslavada que só o tempo provará. Fato é, eu não iria ao cinema assistir ao quinto Harry Potter sem ter assistido os dois anteriores, por razões óbvias. Além do que, novos personagens podem ter surgido e sendo assim, eu tornaria-me o chato do cinema que vez ou outra levanta a questão "Quem é esse? Ele é amigo ou inimigo? Quais os poderes dele?" ou coisa assim. Para tanto, esta tarde, fui à locadora para locar os dois filmes.

   Chovia. Chovia muito. Cheguei à locadora, que estava com metade coberta com um plástico preto, pois está em reforma e com os pés molhados dirige-me ao balcão onde uma moça de cabelos loiros (falsos), que já provara suas habilidades e discernimentos de atendente de videolocadora outras vezes, estava, junto a um computador.

- Oi, eu preciso de três filmes.
- Sim, pois não?
- Eu preciso do terceiro e do quarto filmes do Harry Potter...
- ...
- ... É que é aniversário do meu pai na sexta-feira e ele vai levar todo mundo pra ver o novo filme então, eu achei que precisava recuperar o tempo perdido.
- Ah sim. E qual o outro?
- "Últimos Dias".
- Mas que filme é esse "Últimos Dias" que tá todo mundo pedindo??
- Sabe o filme "Elefante"?
- ...
- Aquele que na capa tem uma moça dando um beijo num rapaz de cabelos bem louros e camiseta amarela, sabe?
- Ah tá. Sei.
- Então! É do mesmo diretor!
- Ah tá. É um documentário, então.
- Não... Nesse "Últimos Dias", o diretor, o Gus Van Sant, conta a história de um rockstar famoso que parece que é baseado na história do Kurt Cobain, do Nirvana e bem, aparentemente ele isolou-se nesse lugar e está vivendo seus... últimos dias.
- ... Ah tá. Um documentário, saquei. Então, você quer o Harry Potter: O Prisioneiro de Azkaban e o Cálice Sagrado, isso?
- Hm. Acho que sim.
- Tá.

E ela saiu de trás do balcão e foi andando pelas prateleiras. Deus sabe o porquê eu fui atrás. Acho que como eu não tinha engolido a história de documentário eu queria respostas. Ela virou ao lado do saco preto de reformas e enquanto ela dirigia-se para a prateleira onde estavam os filmes, eu parei, maravilhado. Um tesouro, daqueles. Dezenas, talvez centenas de filmes em VHS, mal empilhados, em um canto. De súbito, falei:

- Ei! O que são esses filmes? Porque eles estão aqui?
- São pra doação - falou um rapaz que estava junto aos filmes.

Eram pra doação. Pra um orfanato não sei o quê ou asilo blábláblá, não sei, juro que não conseguia ouvir.

- Se você quiser dar uma olhada antes que a gente leve, pode ver quais você quer e pegar. São pra doação mesmo!

Coloquei-me ajoelhado junto a uma pilha de filmes e comecei a ver, um a um.

- Mesmo?
- Claro!

A próxima coisa que percebi foi uma pilha de filmes que batia no meu peito e ainda faltava um pouco menos da metade dos filmes para inspecionar. No final das contas, peguei 45 filmes. Eles deixaram um para trás que estava separado, então, 46. Quarenta e seis filmes semi-novos em folha. Quarenta e seis!





Muitos filmes ruins, ruins. Muitos filmes ruins, bons. Alguns bons, mesmo. Peguei de tudo.



Notei outro vício de linguagem que muitos de nós temos e eu não era exceção. Sabe aqueles filmes que vocês diz que "Não quer ver nem de graça" ou em casos menos sérios, "Não pagaria pra ver mas assistiria de graça"? Pois bem, a primeira regra não vi exceções. Mas na segunda, diversos filmes eu pegava, olhava e então, como estava de graça, classificava como "Nem de graça". Juro que foi bastante esclarecedor.



Dentre tantos filmes bacanas, destacarei alguns dignos de menção.


Vimos Os Suspeitos à venda, até em bancas promocionais de DVDs de 9,90, o que já era excelente. Aqui, em VHS, a caixa está um pouco danificada mas a fita, intacta!



O pomo da discórdia, dublado.



Uma incrível surpresa.



E outra, tão incrível quanto.



Um filme que é sempre bom ter em mãos, não é mesmo?



Ah, e é claro! Navalha na Carne e sua excelente (quase sensual) capa.


A parte triste é que alguns filmes estavam sem caixa e outros estavam sob uma goteira. Muitos mereciam estar assim mas outros, não. Assim sendo, salvei quatro:


("Assassinato no Expresso Oriente"; "Os Deuses Devem Estar Loucos II"; "Batman - O Retorno" e; "Era Uma Vez no México".)

E bem, hoje entendi como uma criança se sentiria numa fábrica de doces (o mesmo exemplo pode ser aplicado a Gordos e Presuntos) o que, devo dizer, foi incrível. Eu estava não apenas com os pés molhados mas metade das pernas também por causa do guarda-chuva e só fui notar isso novamente quando cheguei em casa. Outra analogia que me vem à cabeça e que cabe é aquele programa Supermarket, no qual as pessoas tinham que encher seus carrinhos com MILHO PARA PIPOCA YOKI ou CANELA EM PÓ PARA DOCES MESTRE CUCA ou seja lá o que o apresentador dizia-os para procurar. Mas um pouco mais livre e tudo.

Enfim, só mais uma fotografia. In memoriam ao pessoal do orfanato de velhinhos.

20070723

Uma constatação.

   Esse blogue ficou incrivelmente mais ilustrado de uns tempos pra cá e acabei de me perguntar o porquê.

   Claro, avaliando como a internet tem evoluído, como é fácil publicar e postar um vídeo na internet, por exemplo. Como o advento da banda larga auxiliou a publicação de imagens em resoluções decentes e levando em conta toda a questão multimídia como um todo, claro, não poderia ser pra menos. A expressão humana pode, cada vez mais, tornar-se mais humana em meio ao pandemônio digital da rede mundial de computadores.

   É.

   Ainda não justifica.

Fato.

20070715

Dia Mundial do Rock


Saldo, upload feito originalmente por Ye Captain.

Dois dias atrasado e com uma foto pouco expressiva (ou correspondente) quanto ao Dia do Rock que todos imaginamos.

Porém, não sei. Pra mim, o dia 13 de julho já é, de alguns anos pra cá, uma daquelas datas grandiosas, tal qual o Natal. Só que no caso, a música é mais alta e o clima, menos familiar.

Na foto, tirada na manhã do dia quatorze, eu e Guadalupe voltávamos das celebrações do Dia do Rock sem, no entanto, nos depararmos com shows decentes ou coisas que o valham. Aliás, sequer boas músicas mecânicas.

Em compensação, cerveja e comida mexicana.

Ano que vem tem mais.

20070709

Live Earth é um sucesso

Shakira bate cabelo em prol do Aquecimento Global.



Nota da Folha de S. Paulo:

   Os shows em defesa da
causa ecológica realizados
anteontem em nove cida-
des do mundo emitiram
31,5 mil toneladas de dió-
xido de carbono, segundo
estimativa do cientista
John Buckley, do site
carbonfootprint.com. O
cálculo, a pedido do jornal
inglês "The Observer",
considerou deslocamento
de artistas e público e con-
sumo de energia no Live
Earth. O total equivale, em
média, ao que 4.000 lati-
no-americanos lançam na
atmosfera em um ano.


Fizeram graça até na Antártida.


   Já especula-se que o próximo Live Earth terá, juntamente aos shows, um grande protesto no qual Al Gore e os conscientes artistas distribuirão latas de aerosóis emissores de CFC para que a platéia, nas 24 horas de evento, acabe com o estoque de produtos do tipo disponíveis no mundo. Outra forma de tornar o problema visível, segundo Gore, será o incentivo, nesse dia para que todos donos de carro dêem a partida no mesmo instante e mantenham os motores rodando, em ponto morto e aceleração máxima, por "pelo menos 12 horas". A ação terá o patrocínio da Texaco.

Xuxa, macia, usou listras verticais e renda,
uma combinação sempre elegante.


   Al Gore espera que, com mais dois ou três Live Earths, conseguirá, enfim, extingüir a vida humana na Terra devido às maciças emissões de carbono que cada evento gerará.

Al Gore em discurso, durante o Live Earth.


   Ele também aproveitou o evento para anunciar seu novo transplante de corpo, com a ex-inspetora de alunos, Fay Thompson. Al Gore informou que assim se dará parte da seleção para a criação do que ele chamou de "nova raça humana" e que pretende levar, junto com sua equipe de cientistas e pesquisadores, experiências de transplantes, implantes de novos membros e armas como membros, além de modificações genéticas para aprimorar esta nova raça, formada apenas de sobreviventes dos Live Earths que fará.

   Em seguida, Al Gore chamou Fay Thompson ao palco, recebida sob emocionada salva de palmas da platéia presente. A ex-inspetora agradeceu e anunciou o começo de sua nova carreira como comediante com uma esperta piada envolvendo racismo, gases e a volta das Spice Girls.

"... Então, a Mel B peida e diz..."

20070708

De volta para o presente

   Tem gente que me diz que gosta de escrever e, eventualmente escreve bem pra burro, mas que não consegue fazê-lo. Eu, um ser muito consciente de toda complexidade humana, freqüentemente digo a essas pessoas que escrever é um exercício mesmo, porque sempre dizem isso às pessoas em todos os lugares mas quem acredita em todas essas pessoas desses lugares, certo? Mas no caso, é verdade.

   Só é cretino mesmo o fato de que uma das pessoas que mais suporta a filosofia de escrever por exercício mantenha um blogue e o mantenha abandonado por tanto tempo.
Já prometi que voltaria a escrever aqui e parei em seguida.
Já prometi não prometer que voltaria a escrever aqui e parei em seguida.
   Já fiz chantagens comigo mesmo, simpatias de Cícero Augusto e instalei o Flock que tem um atualizador de blogues automático. Diabos, até comprei uma agenda.

   Então, agora, vou tentar praticar o exercício da postagem; Escrever eu não tenho escolha mas postar em blogues é outra coisa. Acho esse layout padrão do Blogger esquisito, tentei editar o código fonte mas achei tudo assustador e complicado. Resolvi mudar o nome, encurtá-lo.

   Daqui pra frente, será só O Pinball Mutante e pronto. De cara feia porém - e aqui entra a típica promessa - com atualizações mais freqüentes. Não dá pra dizer que diárias mas farei o melhor.

   Recomendo, para quem não conhece, inscrever o blogue nos seus feeds RSS. Achava meio inútil e tudo antes mas, após alguns meses de trabalho pesado e pouco tempo no computador percebi como isso facilita o acesso a blogues e derivados com atualizações freqüentes ou não. No caso do FireFox, que eu uso, é só clicar no ícone laranja ao lado do endereço da página e salvar como um favorito!

Enfim!

Silhoueta (sic)


Torre - INT. 04, originally uploaded by Ye Captain.

Câmera de celular é uma coisa. Sempre há fotos medíocres, borradas, sem definição nenhuma e de cores esquisitas. Às vezes, para bem, às vezes não.

Essa aqui é, definitivamente, um exemplo de cores esquisitas que vieram para bem. Com os (limitados) controles manuais, é possível diminuir a luz que entra e criar uma silhueta e tanto. Só não entendo como um céu de meio-dia e tanto pôde ficar com esse tom meio crepúsculo, meio bacana.