20070825

O Destino de Poseidon

   Graças a HBO, vi o novo "Poseidon", com o Kurt Russell e etc. Não sei se fui eu que perdi o foco do filme ou esta versão do filme é a alegre história de como a Fergie é consumida pelo mar e todos vivem felizes para sempre?

20070824

Acabou o drama

   Pois bem.

   Aparentemente meu amigo roedor leu o relato aqui ontem e enfim, entregou-se.

   Hoje pela manhã foi encontrado, semi-morto. Acho que o veneno deu certo no final das contas ou de fato, convenci o rato, modéstia à parte.

   Aliás, após vê-lo, entendi o porquê da ratoeira não tê-lo beliscado e pouco tinha a ver com possessões ou Ratos-Aranhas: Ele era realmente minúsculo, sequer tinha peso pra ativar aquela geringonça.


   Alguém quer comprar duas ratoeiras, semi-novas?

20070823

Ra·ta·tui

   Após um susto no quintal, minha mãe proclamou: "Tem um rato aqui em casa". Apesar dos esforços, ele alojou-se aqui, na sala onde fica o computador. Só descobrimos a criatura após notarmos um pouco de serragem, roída de um móvel e assim sendo, colocamos veneno aqui. Não qualquer veneno mas o Mortein Isca Para Ratos, um pacotinho simpático, exatamente este aqui:



   A descrição, sempre entusiasta, nos diz que "para garantir que o rato coma a isca, Mortein Rodasol é preparada com ingredientes que os roedores gostam, sendo muito atrativas para eles" e que "a maioria das mortes ocorrerá entre 5 a 7 dias após o consumo das iscas" e além disso, intuitivamente "os ratos se afastarão da casa para morrer". Você não abre o pacote, você o deixa em locais estratégicos e como tem ingredientes que nenhum rato dispensaria, ele roerá o pacote, comerá o veneno, sentirá as dores da morte e possivelmente deixará sua casa para morrer em Paris ou ver a família uma vez que seu destino está selado. Apesar de toda a poesia da coisa, e eu tinha lá minhas esperanças no negócio, dia após dia deparávamo-nos com as frustrantes embalagens imaculadas, sem o menor sinal de contato de nosso pequeno amigo, o que, convenientemente denota que o rato aqui tem um paladar diferente do que os tantos para os quais aquele fast-food seria um tremendo banquete.

   Nesse meio tempo, em algumas poucas ocasiões, sentado aqui, me deparei com o rato. Duas foram claras: Ele passou por mim e entrou em um armário que fica na altura do chão ao passo que, eu, corajosamente, corri atrás e coloquei um saco de ração de 20KG contra a porta do armário. É um rato muito pequeno, cinzento, cauda longa e passo apressado. O outro momento deu-se instantes depois, quando o rato veio correndo em minha direção, vindo do mesmo lugar, com saco de ração e tudo, quando eu impulsivamente me mexi na cadeira, dei com os joelhos na mesa do computador e com o estrondo causado, o rato virou as costas e voltou para seu esconderijo.

   Já defendia a idéia de uma ratoeira aqui em casa por razões meramente estéticas, admito. Desde criança, meu único contato com ratos em casa deu-se com os incontáveis hamsters que tive, todos com o aval de animal de estimação. Ratos, enquanto praga, é a primeira vez e impulsionado pelos excitantes desenhos de caça ao rato, sabia que nada dizia tão bem, em imagens, que há um rato pela casa do que uma ratoeira. Só tive absoluta certeza após Flávia me dizer que certa vez, em sua casa, um rato grande e preto aterrorizava sua família. O veneno, similar a grãos de ração canina, colocado por diversos locais da casa era encontrado na sala, toda manhã, religiosamente empilhado e intacto. O rato possuído só foi exterminado após a colocação de ratoeiras pela casa. Um argumento irrefutável. Foi um tanto decepcionante ver que as ratoeiras de hoje em dia não são tão bacanas como as dos desenhos animados. Parecem mais funcionais do que belas. Aliás, são assustadoras até para alguns de nós.



   Em compensação, são baratas. Custaram cerca de R$0.80 cada. Como trata-se de apenas um rato em um ambiente pequeno, duas já pareceram suficientemente agressivas, com suas proporções respeitadas. Mantendo a animada tradição, um pequeno cubo de queijo seria a isca perfeita.

   Dois dias depois, em uma delas, a isca perfeita foi retirada, sem ativar o sistema. A outra, por sua vez, permanece fria e sedenta, o queijo endurecendo desagradalvemente e pude constatar algum tipo de fungo se formando ali, cinco dias depois.

   Não sei exatamente o que é que há com esse rato. Diria que era imaginário, definitivamente, se não o tivesse visto. Não tenho certeza se foi ele quem pegou o queijo da primeira ratoeira e se o fez, como que não ativou a ratoeira? Sinceramente, tenho medo de pensar que estou diante de outro caso de possessão em ratos. Ou quem sabe, de um novo astro da Disney.