(por capt. Dimitri Moloko)
O apogeu do cheirador
acontecia nas tardes mais belas.
aquele dito inútil e feio
antecipava o sabor do refresco;
agora, entupido, não cheira.
sangra. dói. incha.
E a platéia grita
-uga uga uga hei.
..
Eu sou um artista.
Eu transformo a minha dor em arte.
20041024
20041011
A Lei de Murphy aplicada à vida
Eu sou uma pessoa com uma tendência enorme à acidentes, erros e no azar em geral. Falando no geral, isso me diverte, às vezes. É a velha e boa tragicomédia. Só que aí tem vezes que isso sai do controle. E é difícil até pra eu mesmo acreditar nessa sucessão de fatos.
Na última terça-feira, 5, Eu estava em casa, lendo jornal, assistindo TV, jogando hóquei, essas coisas. Então, um estalo que me faz grudar no teto. E a luz se apaga. Em seguida, um estrondo ecoa pela rua. Resquícios de uma explosão. "Deve ter sido aquela coisa do poste que nos dá a energia elétrica". Pode ter sido. Desliguei os aparelhos eletrônicos da tomada, mas só aqueles mais acessíveis e fáceis de religar depois que a energia voltasse. cerca de 10 min depois, a energia volta, religo tudo e constato que o meu modem do Ispídi, internet rápida e trambiques, não liga. Queimou. Vou ao telefone. O telefone também queimou. Lá fora, as pessoas gritam horrorizadas, pois aparentemente a explosão queimou suas retinas e derreteu suas genitálias. Rapidamente me tranco em casa. Meu coração palpita numa velocidade inédita e sento-me para ler o jornal, perguntando-me "O que será que vai passar na TV?"
No mesmo dia, lá na rua apareceu um carro da operadora de telefones/internet mexendo naquelas caixas de telefone que todos conhecemos, certo?
Enfim, eles começam a mexer naquilo. E nada do telefone voltar. Passam-se quarta, quinta e sexta-feira. Todos os dias aqueles homens mexem na maldita caixa e o telefone continua na mesma. Rumores indicam que aqueles homens, na verdade, eram agentes da Polícia Especial e naquela caixa havia uma bomba escondida. "Novidade", pensei.
Sábado, mais um dia isolado do mundo, sem a menor perspectiva de vida. Um feriado pela frente, uma bomba na rua e tudo caminha para o lado escuro da força. Mais à noite, lá para umas 19h, estou fazendo uns desenhos pra um trabalho e rasgando o silêncio daquela casa triste e morta, o insuportável som do telefone soa como as trombetas dos anjos depois do apocalipse. Festejamos! Todos nós! Eu, minha família, Alf e meu papagaio.
Então, ligo para o negócio da internet banda larga. "Vamos resolver isso de uma vez" eu digo. Resolvi tudo no telefone e em dois dias, 48h no máximo eles viriam me ajudar. No outro dia de manhã, 9h30 o homem chega. Domingo de manhã;aquele marasmo é cortado pela euforia de poder enfim acessar as maravilhas da internet, a pornografia gratuita e o dinheiro fácil com imigrantes ilegais. O homem troca o modem, faz uns testes e vai embora. Eu sento-me diante do monitor com um sorriso vitorioso. Começo a olhar uns sites.. tantos dias longe, tanta coisa pra fazer.. Fico olhando os sites por cerca de 40 minutos. As cores do monitor começam a embaçar. A imagem se distorce, tudo se retorce. Espíritos tentavam se comunicar comigo através daquele aparelho elétrico. "Porra..", pensei "Não tem pão velho", disse. Então, em um flash luminoso, a tela fica toda escura, exceto por uma linha branca, horizontal, insinuante. Gentilmente e delicadamente como Charles Bronson, dou um tapinha no lado do monitor. A imagem some. O monitor pifa. E fim.
Agora, nesse momento, estou em uma lan house. Essa garotada jogando qualquer jogo, xingando-se fervorosamente e eu, aqui, me sentindo um estranho no ninho, um mosquito na sopa; eu precisava fazer umas pesquisas de um trabalho que é pra quarta-feira. Fiz uma bela pesquisa, e em material a separar, eu tinha mais de 60 páginas. Só que quando eu fui salvar pra me enviar por e-mail pra eu depois ver se conseguiria fazer, descubro que como é computador de loja, eu não tenho essas regalias. Tentei me enviar tal documento através de um programa mas aparentemente, não deu certo. Foi tudo em vão.
Por causa do feriado, da explosão e de um ataque alienígena, só vou ter um novo monitor na qurta-feira, 13.
E já são tantos fatos absurdamente azarados que eu já não sei dizer, com certeza, o que aconteceu de verdade.
Na última terça-feira, 5, Eu estava em casa, lendo jornal, assistindo TV, jogando hóquei, essas coisas. Então, um estalo que me faz grudar no teto. E a luz se apaga. Em seguida, um estrondo ecoa pela rua. Resquícios de uma explosão. "Deve ter sido aquela coisa do poste que nos dá a energia elétrica". Pode ter sido. Desliguei os aparelhos eletrônicos da tomada, mas só aqueles mais acessíveis e fáceis de religar depois que a energia voltasse. cerca de 10 min depois, a energia volta, religo tudo e constato que o meu modem do Ispídi, internet rápida e trambiques, não liga. Queimou. Vou ao telefone. O telefone também queimou. Lá fora, as pessoas gritam horrorizadas, pois aparentemente a explosão queimou suas retinas e derreteu suas genitálias. Rapidamente me tranco em casa. Meu coração palpita numa velocidade inédita e sento-me para ler o jornal, perguntando-me "O que será que vai passar na TV?"
No mesmo dia, lá na rua apareceu um carro da operadora de telefones/internet mexendo naquelas caixas de telefone que todos conhecemos, certo?
Enfim, eles começam a mexer naquilo. E nada do telefone voltar. Passam-se quarta, quinta e sexta-feira. Todos os dias aqueles homens mexem na maldita caixa e o telefone continua na mesma. Rumores indicam que aqueles homens, na verdade, eram agentes da Polícia Especial e naquela caixa havia uma bomba escondida. "Novidade", pensei.
Sábado, mais um dia isolado do mundo, sem a menor perspectiva de vida. Um feriado pela frente, uma bomba na rua e tudo caminha para o lado escuro da força. Mais à noite, lá para umas 19h, estou fazendo uns desenhos pra um trabalho e rasgando o silêncio daquela casa triste e morta, o insuportável som do telefone soa como as trombetas dos anjos depois do apocalipse. Festejamos! Todos nós! Eu, minha família, Alf e meu papagaio.
Então, ligo para o negócio da internet banda larga. "Vamos resolver isso de uma vez" eu digo. Resolvi tudo no telefone e em dois dias, 48h no máximo eles viriam me ajudar. No outro dia de manhã, 9h30 o homem chega. Domingo de manhã;aquele marasmo é cortado pela euforia de poder enfim acessar as maravilhas da internet, a pornografia gratuita e o dinheiro fácil com imigrantes ilegais. O homem troca o modem, faz uns testes e vai embora. Eu sento-me diante do monitor com um sorriso vitorioso. Começo a olhar uns sites.. tantos dias longe, tanta coisa pra fazer.. Fico olhando os sites por cerca de 40 minutos. As cores do monitor começam a embaçar. A imagem se distorce, tudo se retorce. Espíritos tentavam se comunicar comigo através daquele aparelho elétrico. "Porra..", pensei "Não tem pão velho", disse. Então, em um flash luminoso, a tela fica toda escura, exceto por uma linha branca, horizontal, insinuante. Gentilmente e delicadamente como Charles Bronson, dou um tapinha no lado do monitor. A imagem some. O monitor pifa. E fim.
Agora, nesse momento, estou em uma lan house. Essa garotada jogando qualquer jogo, xingando-se fervorosamente e eu, aqui, me sentindo um estranho no ninho, um mosquito na sopa; eu precisava fazer umas pesquisas de um trabalho que é pra quarta-feira. Fiz uma bela pesquisa, e em material a separar, eu tinha mais de 60 páginas. Só que quando eu fui salvar pra me enviar por e-mail pra eu depois ver se conseguiria fazer, descubro que como é computador de loja, eu não tenho essas regalias. Tentei me enviar tal documento através de um programa mas aparentemente, não deu certo. Foi tudo em vão.
Por causa do feriado, da explosão e de um ataque alienígena, só vou ter um novo monitor na qurta-feira, 13.
E já são tantos fatos absurdamente azarados que eu já não sei dizer, com certeza, o que aconteceu de verdade.
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